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Nota Fiscal de Serviços e Reforma Tributária: o contador no centro da mudança

Contadores precisam se adaptar ao novo modelo tributário e à padronização da Nota Fiscal de Serviços

Com a aprovação da Reforma Tributária (EC 132/2023), o sistema de arrecadação de tributos sobre o consumo sofrerá uma profunda transformação. A substituição de diversos tributos por um modelo dual – IBS e CBS – exige uma revisão completa na forma como as empresas lidam com a emissão de notas fiscais. E, nesse novo cenário, o contador deixa de ser apenas um suporte técnico e passa a ser uma peça-chave na conformidade tributária.

As novas exigências na nota fiscal de serviços

Uma das mudanças mais relevantes será a padronização nacional da Nota Fiscal de Serviços. O modelo atual, fragmentado entre centenas de legislações municipais, dá lugar a uma sistemática unificada e mais tecnológica. Isso significa que campos novos, como o detalhamento da alíquota do IBS e CBS, identificação do local de destino do serviço e validações automatizadas passarão a compor o dia a dia do emissor de NF.

Além disso, a nova nota fiscal estará diretamente integrada aos sistemas do Comitê Gestor do IBS e da Receita Federal, com campos de eventos específicos e validações em tempo real. Essa estrutura promete maior transparência e rastreabilidade, mas, ao mesmo tempo, impõe um novo nível de exigência técnica.

O impacto na rotina do contador

Com a nota fiscal passando a ser um instrumento central de arrecadação do novo modelo tributário, o contador precisará assumir um papel mais ativo. Será necessário revisar cadastros de clientes e fornecedores, acompanhar a correta classificação de serviços e manter atenção redobrada sobre as regras de destino e local de incidência.

Na prática, isso exigirá:

  • Requalificação da equipe contábil e fiscal;
  • Atualização constante dos sistemas de emissão;
  • Diálogo mais próximo com o setor de TI e o cliente final;
  • Monitoramento de regimes de transição e testes de aderência.

O risco de negligenciar a mudança

Com um sistema mais automatizado, os erros não passarão despercebidos. A malha fiscal eletrônica tende a ser ainda mais rigorosa, e inconsistências poderão gerar autuações rápidas e bloqueios de crédito tributário. Quem não se adaptar corre o risco de perder competitividade e comprometer a saúde financeira do cliente.

Conclusão:A nota fiscal de serviços não será mais apenas um documento de registro: será uma peça estratégica de compliance. Contadores que se anteciparem, estudarem os novos modelos e se posicionarem como especialistas no novo ambiente tributário sairão na frente. A Reforma está chegando – e com ela, a chance de reposicionar a contabilidade como protagonista na gestão empresarial.

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